A nossa
língua portuguesa, das mais belas e complexas, principal orgulho nacional, é
utilizada e exercitada por todas as classes sociais, do campo às grandes e
pequenas cidades espalhadas pelos mais de cinco mil municípios em que está
dividido/unido esse continente chamado Brasil.
É imensurável a contribuição que os estudiosos de nossa língua,
chamados de filólogos, têm dado ao país e a cada brasileiro, sobre como falar e
escrever seguindo os fundamentos da nossa língua: sintaxe, etimologia, prosódia
e ortografia.
Esses quatro pilares se desdobram em orações formadas com
artigo, nome, pronome, particípio, interjeição, verbo, advérbio, preposição e
conjunção. A reunião desses elementos forma as orações, proclamadas oralmente
ou por escrito (texto).
Entre os poucos filólogos que se dedicaram ao estudo e
sistematização da nossa língua, destaca-se o professor Levino Epaminondas de França, de saudosa memória, autor da obra PORTUGUÊS EM PINGOS DE ANÁLISE SINTÁTICA,
edição de 1971 do Colégio Diocesano de Garanhuns, onde o autor ensinava Latim e
Português. O prefácio dessa obra é do então diretor do Colégio, Mons. Adelmar da Mota Valença.
Essa obra tem alcance didático e está a reclamar uma nova
edição, procedendo-se à atualização conforme as últimas reformas de nossa
língua. O autor inicia seu trabalho (193 páginas) discorrendo sobre a oração, que
se compõe de termos essenciais, integrantes e termos acessórios. No primeiro
encontram-se o sujeito e o predicado; sujeito simples, composto e indeterminado.
Porém, existe a oração sem sujeito.
Predicado: nominal, verbal e verbo-nominal;
Predicativo: do sujeito e do objeto.
Os termos integrantes da oração são: complemento nominal,
complemento verbal e agente da passiva. O objeto pode ser direto e indireto.
Os termos acessórios da oração são: adjunto adnominal,
adjunto adverbial e aposto.
Na primeira parte de sua obra o prof. Epaminondas diz que
o pensamento é uma fonte poderosa de poder. O homem pensa, transforma o
pensamento em palavras e as palavras em ação ou trabalho.
E acrescenta: transmitimos a nossos semelhantes os
pensamentos, por meio da palavra – falada e escrita.
A ideia é expressa por um pensamento, ou um grupo de
pensamentos. Ex.: “O homem educado tem mais valor”. A ideia do valor de um
homem educado foi expressa e compreendida por um só pensamento.
Às vezes, porém, é preciso mais de um pensamento para
maior clareza da ideia. Ex.: “Eles foram verdadeiros heróis, porque vieram para
a cidade, a fim de educar os filhos”.
Para que a ideia desse heroísmo tenha o seu verdadeiro
valor, são necessários três pensamentos: 1- eles foram verdadeiros heróis; 2 - porque
vieram para a cidade; 3 - a fim de educar os filhos.
O verbo é como que a alma do pensamento. Se cada
pensamento forma uma oração, cada oração possui um verbo; sem verbo não haverá
pensamento, não haverá oração.
Oração é a expressão do pensamento, por meio da palavra –
falada ou escrita.
Vários são os movimentos do espírito.
Tudo quanto dizemos (falando ou escrevendo) é sempre o
resultado de uma ideia que tivemos, ou de alguma observação que fizemos.
Quando estamos alegres, o pensamento surge sobre coisas
boas e as recordações são sempre agradáveis. Por estas razões, o pensamento, a
palavra e o trabalho dependem muito do estado de espírito de quem pensa, fala,
escreve, ou desempenha qualquer trabalho”.
(Manoel
Neto Teixeira, autor, dentre outras, da obra GARANHUNS – ÁLBUM DO NOVO MILÊNIO (1811-2016), é membro da Academia
Pernambucana de Letras Jurídicas). E-mail: polysneto@yahoo.com.br
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