segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

AS HORAS PERFUMADAS DO RELÓGIO DE FLORES - Valdir Marino da Silva


 
Ivo Tinô do Amaral



01H00 – O primeiro perfume está na hora do pôr do sol visto do alto do Monte Sinai como um girassol a observar o Bulevar de Van der Linden.

02h00 – O segundo perfume vem dos jardins no Arraial de seu Euclides hora vestidos de cravos brancos e amarelos.

03h00 – O terceiro perfume tem o tom de violetas nos finais de tarde de verão contemplado do topo do Columinho.

04h00 – O quarto perfume trás a delicadeza das hortênsias dos jardins das Catedrais.

05h00 – O quinto perfume vem das Rosas Beneditinas dos jardins no Mosteiro de São Bento.

06h00 – O sexto perfume acorda com os jasmins da terra de Simoa.

07h00 – O sétimo perfume guia os Caminhantes do Parque Euclides Dourado no cheiro das folhas dos eucaliptos.

08h00 – O oitavo perfume exala das Margaridas dos canteiros que testemunham mais um dia de trabalho na Avenida Santo Antônio.

09h00 – O nono perfume cheira a palmeiras imperiais no Castelo de João Capão.

10h00 – O décimo perfume cheira as flores colorida dos ipês da Praça Dom Moura.

11h00 – O décimo primeiro perfume está nas Onze Horas pontuando um tempo precioso.

12h00 – O décimo segundo perfume tem o cheiro do tempero do meio dia nas flores do alecrim.

13h00 – O décimo terceiro perfume está a toda sorte nas flores do Trevo de Quatro Folhas escondido em algum lugar da Suíça Pernambucana.

14h00 – O décimo quarto perfume caminha livre com a Independência doce como um pirulito.

15h00 – O décimo quinto perfume tem o cheiro da Rosa Vermelha mais procurada nas floriculturas.

16h00 – O décimo sexto perfume banha de Garoa uma Cidade de Flores.

17h00 – O décimo sétimo perfume vem dos Lírios ofertados a Mãe Rainha no alto da Colina Triunfo.

18h00 – O décimo oitavo perfume tem o cheiro do Crisântemo na Décima Oitava Hora abauloada na igreja Perpétuo Socorro.

19h00 – O décimo nono perfume tem o cheiro resistente dos Copos de Leite nas noites do Castainho.

20h00 – O vigésimo perfume vem rápido nos trilhos da Antiga Estação Ferroviária no imaginário de Alfredo Leite Cavalcante.

21h00 – O vigésimo primeiro perfume é rural e nos trás o cheiro da Flor do Cafezal misturado ao Leite dos tempos áureos de Garanhuns.

22h00 – O vigésimo perfume tem o cheiro das flores das frutas na Central de Abastecimento no bairro de São José.

23h00 – O vigésimo terceiro perfume tem o cheiro das flores das ra´pizes curandeiras do Beco do Fumo.

24h00 – O vigésimo quarto perfume tem o cheiro das flores perfumadas do Relógio de Flores na Praça de Tavares Correia.

Do Cantador de Histórias – Valdir Marino

 

A História do Relógio de Flores

 

     Conta-nos a história que o então Secretário de Turismo, Cultura e Esportes de Pernambuco, Francisco Bandeira de Melo em viagem à Suíça viu em uma cidade daquele país, parecida com a cidade de Garanhuns, um Relógio de Flores. Fotografou-o e na volta apresentou ao Prefeito da época, Ivo Amaral que tratou, imediatamente do mencionado relógio em nossa cidade.

      Era o ano de 1979, quando a Secretaria de Turismo Cultura e Esportes e a EMPETUR, firmaram convênio com a prefeitura de Garanhuns para a implantação do Relógio de Flores nesta cidade. A assinatura do convênio foi efetuada no Palácio do Campo das Princesas, na presença do Governador Marco Maciel que assinou como Testemunha, juntamente com o Deputado José Tinoco – Secretário do Trabalho e Ação Social e o Dr. Francisco Bandeira de Melo – Secretário de Turismo, Cultura e Esportes, assinando pelo Município de Garanhuns o Prefeito Ivo Amaral e pela EMPETUR o seu Presidente, Dr. Ricardo Costa Pinto.

     Na época a Arquiteta Solange Líns, da EMPETUR, definiu a Praça Tiradentes, ao lado do Centro Cultural, para a instalação do relógio. Ivo Amaral, prefeito da época, visionariamente escolheu outro local para o relógio, a Praça Tavares Correia onde o citado relógio foi instalado em 25 de janeiro do ano de 1981. Na época um empreendimento inédito no Norte e Nordeste do País.

     O Relógio de Flores em moeda da época custou CR$ 420.000,00 (quatrocentos e vinte mil cruzeiros). O seu equipamento é de fabricação nacional da marca DIMER TAGUS, na construção da obra tomou parte a equipe da EMPETUR com a participação de técnicos da Prefeitura de Garanhuns, a saber: Engenheiro João Inocêncio; Arquiteto Marcílio Maia e, o Secretário de Planejamento, professor, Jaime Pinheiro.

     O Relógio de Flores, com 40 anos de existência, ainda hoje, causa admiração a todos que o visitam. O Relógio de Flores, único no Norte/Nordeste, dá a impressão de que é uma estrela caída do céu em forma de brinco de ouro colocado por mão Divina em orelha virgem. Quem visita Garanhuns não sai sem tirar uma foto ou registrar em vídeo o tão famoso cartão postal da cidade.

     “O Relógio do qual estamos falando, nasceu no meio das rosas de uma cidade das Flores, chamada Garanhuns, que está completando 40 anos de sua instalação”, disse José Rodrigues.



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