segunda-feira, 3 de maio de 2021

Frenesi - Raquel Felix


 






Quando fecho os olhos

Mergulho em uma infinita escuridão,

Com lampejos cintilantes e um clarão,

Fragmentados em pontos microscópicos.

 

 A luz e as trevas aparecem

E são atraídas pela força invisível

Que as une em uma dança seduzível 

Aos olhos fechados dos que semi dormem.

 

 Esse frenesi que embora parece loucura

Causa prazer a minha mente conturbada,

Inebriada em uma inesperada

Sensação insana de grandeza.

 

 Essa sensação de ser  astronauta

E ao mesmo tempo ser astro

Contemplando e sendo o espaço 

Faz emergir das profundezas o vácuo:

 

 O inexplicável, a escuridão do desconhecido,

Os mistérios que a mente não consegue alcançar.

Mas que a imaginação tenta explicar

Com toda sua insólita forma de ver o mundo.

 

Dentro desse universo reservado 

Unifica-se a imaginada matéria 

Em forma particular e etérea

Como os astros e o universo.

 

Até que em um instante 

De desconexão de pensamento

Divago em um estado onírico 

Onde tudo cria vida e depois escurece.

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