Quando fecho os olhos
Mergulho em uma infinita escuridão,
Com lampejos cintilantes e um clarão,
Fragmentados em pontos microscópicos.
A luz e as trevas aparecem
E são atraídas pela força invisível
Que as une em uma dança seduzível
Aos olhos fechados dos que semi dormem.
Esse frenesi que embora parece loucura
Causa prazer a minha mente conturbada,
Inebriada em uma inesperada
Sensação insana de grandeza.
Essa sensação de ser astronauta
E ao mesmo tempo ser astro
Contemplando e sendo o espaço
Faz emergir das profundezas o vácuo:
O inexplicável, a escuridão do desconhecido,
Os mistérios que a mente não consegue alcançar.
Mas que a imaginação tenta explicar
Com toda sua insólita forma de ver o mundo.
Dentro desse universo reservado
Unifica-se a imaginada matéria
Em forma particular e etérea
Como os astros e o universo.
Até que em um instante
De desconexão de pensamento
Divago em um estado onírico
Onde tudo cria vida e depois escurece.
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